Alunos queridos dos 8º anos, este é um resumo da nossa matéria, aproveitem!!!!!!!
beijos!
História- 8º ano
Neire Angélica
Revolução inglesa
A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação
de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder
monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao
Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O
processo que começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a
Revolução Gloriosa de 1688.
As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de
Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas. Esse movimento
revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do
século XVIII, abrindo espaço para o avanço do capitalismo. Deve ser considerada
a primeira revolução burguesa da história da Europa no qual antecipou em 150
anos a Revolução Francesa.
A Vida Social Antes
da Revolução Inglesa
Com
a Dinastia Tudor, a Inglaterra teve muitas conquistas, que serviram de base
para o desenvolvimento econômico do país. Os governos de Henrique VIII e de sua
filha Elisabeth I trouxeram à unificação do país, o afastamento do Papa além de
confiscar os bens da Igreja Católica, e ao mesmo tempo criar o
anglicanismo, e entrar na disputa por colônias com os espanhóis.
Foram com esses monarcas que também ocorreu à
formação de monopólios comerciais, como a Companhia das Índias Orientais e dos
Mercadores Aventureiros. Isto serviu para impedir a livre concorrência, embora
essa ação tenha sufocado alguns setores da burguesia. Então, resultou na
divisão da burguesia de um lado, os grandes comerciantes que gostaram da
política de monopólio, e de outro a pequena burguesia que queria a livre
concorrência.
Outro problema era a detenção de privilégios nas
mãos das corporações de ofício. Uma outra situação problemática era na zona
rural, com a alta dos produtos agrícolas as terras foram valorizadas. Isso
gerou os cercamentos, isto é, os grandes proprietários rurais queriam aumentar
suas terras expropriando as terras coletivas, transformando-as em particulares.
O resultado foi à expulsão de camponeses do campo e a criação de grandes
propriedades para a criação de ovelhas e para a produção de lã, condições
imprescindíveis para a Revolução Industrial.
Para não deixar o conflito entre camponeses e
grandes proprietários aumentar o governo tentou impedir os cercamentos. Claro
que com essa ação a nobreza rural, Gentry (a nobreza progressista rural), e a
burguesia mercantil foram fortes oponentes.
Para
Entender a Revolução Inglesa
Dinastia Stuart
Esta
dinastia iniciou-se após a morte da rainha Elisabeth I, em 1603 que ao morrer
sem deixar herdeiros, promoveu o início da Dinastia Stuart.
JAIME I, rei da Escócia (1603-1625). Dissolveu o
parlamento várias vezes e quis implantar uma monarquia absolutista baseada no
direito divino, perseguiu os católicos e seitas menores, sob o pretexto que os
mesmos estavam organizando a Conspiração da Pólvora (eliminar o Rei), em 1605.
Muitos que ficaram descontentes começaram a ir para a América do Norte.
Os atritos entre o Rei e o Parlamento ficaram fortes e intensos,
principalmente depois de 1610. Em 1625, houve a morte de Jaime I e seu filho
Carlos I, assumiu o poder.
CARLOS I, sucessor de Jaime I (1625- 1648).
Tentou continuar uma política absolutista, e estabelecer novos impostos no qual
foi impedido pelo parlamento. Em 1628, com tantas guerras, o rei viu-se
obrigado a convocar o parlamento, este sujeitou o rei ao juramento da “Petição
dos Direitos” (2º Carta Magna inglesa) garantia a população contra os tributos
e detenções ilegais. O parlamento queria o controle da política financeira e do
exército, além de regularizar a convocação do parlamento. A resposta real foi
bem clara, a dissolução do parlamento que voltaria a ser convocado em 1640. O
rei Carlos I governou sem parlamento, mas ele buscou o apoio da Câmara
Estrelada, uma espécie de tribunal ligado ao Conselho Privado do Rei. Também
tentou impor a religião anglicana aos calvinistas escoceses
(presbiterianos). Isso gerou rebeliões por parte dos escoceses que
invadiram o norte da Inglaterra. Com isso o rei viu-se obrigado a reabrir
o parlamento em abril de 1640 para obter ajuda da burguesia e da Gentry. Mas o
parlamento tinha mais interesse no combate ao absolutismo. Por isso, foi
fechado novamente. Em novembro do mesmo ano foi convocado de novo. Desta vez
ficou como o longo parlamento, que se manteve até 1653.
A Guerra Civil
(1641-164)
A
guerra civil inglesa estendeu-se de 1641 a 1649, dividiu o país e foi um marco
importante na Revolução Inglesa. De
um lado havia os cavaleiros, o exército fiel ao rei e apoiado pelos senhores
feudais. Do outro, os cabeças-redondas, visto que não usavam perucas e estavam
ligados a gentry, eram forças que apoiavam o parlamento. Em 1641, começava a
guerra civil o rei teve o apoio dos aristocratas do oeste e do norte,
juntamente com uma parte dos ricos burgueses, que estavam preocupados com as
agitações sociais.
Em contra partida o exército do parlamento foi
comandado por Oliver Cromwell, formado por camponeses, burgueses de Londres e a
gentry. Os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros na Batalha de Naseby em
1645. Carlos I perdeu a guerra e fugiu para a Escócia, lá ele foi preso e
vendido para o parlamento inglês, este mandou executar o rei. Ao tomar esta
decisão a sociedade representada pelo parlamento rompia com a idéia da origem
divina do rei e de sua incontestável autoridade. Assim, a guerra civil fomentou
novas idéias lançando as bases políticas do mundo contemporâneo.
A Revolução Puritana
(1649-1658)
O
governo de Oliver Cromwell atendia os interesses burgueses. Quando começou a
haver rebeliões na Escócia e na Irlanda, ele as reprimiu com brutalidade.
Oliver procurou eliminar a reação monarquista. Fez uma “limpeza” no exército.
Executou os líderes escavadores (estes eram trabalhadores rurais que queriam
tomar terras do estado, nobreza e clero). Com tantas execuções os menos
favorecidos ficaram a “mercê da sorte” e acabaram por entrar em movimentos religiosos
radicais.
Uma medida para combater os holandeses e fortalecer o
comércio foi os Atos de Navegação. Essa lei resumia-se no seguinte: o comércio
com a Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses ou dos países que
faziam negócios com a Inglaterra.
Em 1653, Oliver autonomeou-se Lorde
Protetor da República, seus poderes eram tão absolutos quanto de um rei. Mas
ele recusou-se a usar uma coroa. Embora na prática agisse como um soberano. Com
apoio dos militares e burgueses, impôs a ditadura puritana, governando com
rigidez e intolerância, e com idéias puritanas. Ele morreu em 1658 e seu filho
Richard Cromwell assumiu o poder. Mas este logo foi deposto em 1659.
A Volta dos Stuart e
a Revolução Gloriosa (1660 -1688)
Carlos II, (1660 – 1685) da família Stuart, é
proclamado rei da Inglaterra com poderes limitados. Por isso ele estreitou
ligações com o rei francês Luis XIV, isto logo manchou sua reputação com o
parlamento. Carlos II baixou novos Atos de Navegação favoráveis ao comércio
inglês. Envolveu-se na guerra contra a Holanda. Em 1673, o parlamento aprovou a
lei do teste: todo o funcionário público deveria professar o anticatolicismo.
Com essas atitudes o parlamento ficou dividido em dois grupos: os whigs, que
eram contra o rei e favoráveis às mudanças revolucionárias além de serem
ligados a burguesia, e os tories que eram defensores feudais e ligados à antiga
aristocracia feudal.
Jaime II (1685 – 1688) com a morte de Carlos II,
seu irmão Jaime II assume o governo. Este tomou medidas drásticas, quis
restaurar o absolutismo, o catolicismo, também punia os revoltosos com a
negação do hábeas corpus, proteção a prisão sem motivo legal, o parlamento não
tolerou esse comportamento e convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e esposa
de Guilherme de Orange, para ser a rainha, com isso o rei foge para a
França e Maria Stuart e seu esposo tornaram-se monarcas ingleses. Este assinou
a Declaração dos Direitos (o rei não podia cancelar as leis parlamentares; o
reino poderia ser entregue a quem o parlamento quisesse, após a morte do rei;
inspetores controlariam as contas reais; e o rei não deveria manter um
exército em épocas de paz), o qual concedia amplos poderes ao Parlamento. Esta
foi à Revolução Gloriosa.